quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Febre: não se desespere. Apenas aprenda a observar!

Quando a febre se manisfesta nas crianças os pais entram em alerta e a maioria opta por medicar seus filhos. Isso está correto?

Entre os quadros que mais preocupam os pais e que mais os levam a uma consulta de emergência, talvez a febre ocupe um dos primeiros lugares, senão o primeiro.
A febre não é uma doença. A febre é um sintoma clínico que representa um aviso do nosso organismo de que há um processo de defesa contra alguma agressão em andamento.
E, em grande parte das vezes, os pais já medicam seus filhos para esse quadro, muitas vezes até sem medirem a temperatura, apenas pelo fato de seus filhos estarem um pouco mais quentinhos.
Muita gente se espanta quando algum homeopata acha que não é necessário e nem recomendável usar antitérmico para qualquer febre.
Sabemos que uma criança febril pode ficar mais amuada, alimentar-se mal, tomar poucos líquidos e, assim, ter uma interferência negativa na evolução de sua doença.
Termômetro mostrando a temperatura do bebê - Foto: Jjustas / ShutterStock

Dessa forma, quando um pediatra homeopata receita um antitérmico junto com o tratamento homeopático, a intenção não é “curar a doença” e nem “tratar a febre”. A ideia é melhorar o conforto dessa criança para que ela se alimente bem, se hidrate bem, durma bem e consiga usar suas energias no combate à doença.
Porém, mesmo nesses casos há crianças que não se abatem e, consequentemente, conseguem evoluir de forma bem favorável e satisfatória, usando apenas o tratamento homeopático.
Quando um homeopata age assim, e isso desde que se conhece e se usa homeopatia, as críticas aparecem de todos os lados.

A reviravolta
Em março de 2.011, foi publicado no Pediatrics, o Jornal Oficial da Academia Americana de Pediatria, um artigo chamado Febre e o uso de antipiréticos em crianças que merece ser divulgado.
Nesse artigo, os autores explicam que a febre não é uma doença e sim um mecanismo fisiológico que tem efeitos positivos quando nosso organismo tenta combater uma infecção.
Ao contrário da preocupação dos pais, a febre, por si só, não agrava a doença e não determina a gravidade dessa doença, não causa agravações neurológicas a longo prazo e, baixar a temperatura tem mais a intenção da melhora do conforto geral da criança do que normalizar a temperatura do seu corpo.

Então febre serve para alguma coisa?
Aqui, acho que vale a pena transcrever na íntegra as palavras dos autores do texto, para que não haja nenhuma dúvida quanto ao seu significado.
Retirei do texto apenas as citações que comentam a ação de dois grupos de antipiréticos (acetaminofem e ibuprofeno) e a comparação de sua ação isolada ou em conjunto na ação antitérmica.
“A febre não é uma doença e sim um mecanismo fisiológico com efeitos benéficos no combate à infecção. A febre retarda o crescimento e reprodução de bactérias e viroses, estimula a produção de neutrófilos e proliferação de linfócitos T e ajuda na reação aguda do corpo. O nível de febre não está correlacionada sempre com gravidade da doença. Muitas febres são de curta duração, benignas, e podem realmente proteger o indivíduo. Dados mostram efeitos benéficos em certos componentes do sistema imune na febre, e alguns dados revelaram que a febre realmente ajuda o corpo a se recuperar mais rapidamente de infecções virais, mesmo que a febre possa resultar em desconforto na criança.
Efeitos benéficos em potencial da redução da febre incluem o alívio do desconforto do paciente e a redução da perda hídrica insensível, que pode diminuir a ocorrência de desidratação. Os riscos de diminuição da temperatura incluem um atraso na identificação do diagnóstico subjacente e o início do tratamento apropriado e toxicidade da droga. Não há evidências de que crianças com febre estejam em um risco maior de efeitos adversos como danos cerebrais. A febre é uma resposta fisiológica comum e normal que resulta em um aumento do “set point” hipotalâmico em resposta a pirogênios endógenos e exógenos.
O aconselhamento apropriado no manejo da febre começa por ajudar os pais a compreender que a febre, por si só, não aumenta o risco geral em uma criança saudável. Ao contrário, a febre pode realmente ser benéfica; dessa forma, a real meta da terapêutica antipirética não é simplesmente normalizar a temperatura corporal, mas melhorar o estado geral, o conforto e o bem-estar da criança.
Durante o aconselhamento da família no manejo de febre em uma criança, pediatras e outros cuidadores de saúde devem minimizar o medo de febre e enfatizar que o uso de antipiréticos não previne a convulsão febril.
Ao invés disso, os pediatras devem focar na monitoração de sinais e sintomas de doenças graves, na melhoria do conforto da criança pela manutenção da hidratação, e pela educação dos pais no uso, dosagem e estocagem segura dos antipiréticos.”

E ai? Medica-se ou não febre em crianças?
Essa é uma decisão que deve ficar a critério do pediatra que estiver acompanhando o caso, agirá embasado em seu conhecimento, nessas (nem tão) novas informações e em sua avaliação de momento.
Que fique bem claro que a medicação da febre não é uma obrigação e que ela não evitará a convulsão febril, complicação benigna, porém tão temida pelos pais.
A febre é apenas um indicativo de um processo em andamento e esse sim deve ser pesquisado, diagnosticado e tratado. Com a evolução e resolução desse quadro, a febre, juntamente com todos os outros sintomas, irá ceder.
FonteClinical Report – Fever and Antipyretic Use in Children – Pediatrics – Official Journal of the American Academy of Pediatrics – volume 127 – nº 3 – março/2011 – pg 580-587.

Dr. Moises Chencinski
Médico especializado em pediatria e homeopatia

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Abraço à quem vier me visitar!!

Sou fã... Romero Britto


Menina Bonita Do Laço de Fita (Ana Maria Machado)



Birra: a hora de dizer não para a criança.

Por: Angela Senra 

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Getty Images
Não é fácil lidar com os escândalos das crianças, mas os especialistas garantem: pais que sabem dizer não e sustentam essa posição têm mais chances de ajudar os filhos.  Tudo começa com um chorinho quando o bebê não consegue satisfazer seus desejos – subir na mesa, pegar o controle remoto, não devolver o brinquedo do irmãzinho. Mas o primeiro mandamento para
 lidar com a birra infantil é não se
 desesperar.
Gritar e perder o controle
 só reforça esse tipo de comportamento
 da criança, que entende
a sua reação como
 parecida com a dela.
Quando o pequeno percebe que conseguiu tirá-la
do controle e chamou a sua atenção, desconfia que
 você acabará cedendo, especialmente se
estiverem em público.
E, aí, salve-se quem puder.
Segundo a psicanalista infantil e familiar Anne Lise
Scappaticci, de São Paulo,
desde muito cedo as crianças aprendem a arte da
manipulação. “Da mesma
 maneira que sabem que agradam quando são boazinhas,
percebem que podem
 usar a birra para conseguir o que desejam”, diz.
A teima faz parte do
 comportamento infantil, como uma
tentativa de a criança
 demonstrar certa independência e
expressar suas vontades.
 E aparece por
 volta de 1 ano e meio de idade.
Quando a criança tenta conseguir o que quer através
de showzinhos, a dica é
dar um pouco de atenção, sem estender a bronca por
horas. Você pode dizer
que esse “não” é o jeito de conseguir o que ela quer e por
 causa disso não vai
 ter mesmo. E não fique assistindo ao espetáculo, a menos
que a criança esteja
 se debatendo e corra o risco de se machucar.
“Nesses casos, aconselho a abraçá-la e ir conversando
 até ela se acalmar”,
 afirma Anne Lise. Se o incidente ocorreu numa festa
de aniversário, por exemplo,
assim que cessar, volte para casa. Depois de um
escândalo como esse,
a criança não pode ser recompensada com diversão.
Segundo Vera Iaconelli, psicanalista e coordenadora do
 Gerar – Instituto
 de Psicologia Perinantal, se o ataque for muito intenso e
você estiver no
shopping ou no parque, vale levá-la até o carro para se
acalmar e, se for
 o caso, nem retornar. O problema é acabar com o
programa dos irmãos ou
da família toda. O ideal é tirá-la do local e mostrar que
 a birra não levará a
nada, que você não mudará de ideia. 
“Quando os pais aprendem a lidar com o filho, as birras
diminuem. Depois
 de uma ou duas vezes, ele aprende que a teimosia não
adianta e para de
insistir. Se isso não acontece, é porque a criança
descobriu
que fazer cena
 funciona e ela sempre ganha a parada”, diz Vera.
A maneira de lidar com esses conflitos é decisiva.
“Os pais precisam ser
 firmes,
mesmo que o filho chore e fique com raiva deles.
Se cedem a cada vez
que ele fica desapontado, acabam criando
uma pessoa
 que não suporta a
 frustração, tem dificuldades de relacionamento e fica
malvista pelos amigos,
que muitas vezes se afastam”, alerta Anne Lise.
O bebê está brincando, você precisa dar banho nele para
 sair, mas a criança
não quer. Ele se rebela e chora. Nessas horas, o truque é
mudar seu foco,
chamando a atenção para objetos e pessoas de que ele
gosta. Imagine se
os pais ou os
 cuidadores sempre cederem a essa pequena rebeldia?
Como conseguirão
 encontrar um momento para levá-lo à banheira? E quando
ele ficar maior,
serão os pais capazes de impor obediência?
A psicanalista Vera Iaconelli explica que a capacidade de
 aceitar regras vai
se desenvolvendo ao longo do tempo e os pais não precisam
 fazer disso
 uma batalha, entrando em constante confronto com a
criança.
“Alguns pais têm tanto pavor da birra que negam tudo,
vetando qualquer
chance de o filho se revoltar e descobrir por si só o que quer.
O equilíbrio
 está em selecionar o não para coisas realmente importantes,
como morder e
bater nos outros ou nos objetos, colocar o dedo na tomada,
atravessar a rua
 sem dar a mão. 
Se seu filho sempre se comporta como um birrento, atenção!
“Apesar de ser
frequente no universo infantil, o padrão indica um problema
 mais sério. É
 hora
de procurar ajuda de um especialista. Do contrário, a birra
 fará a criança
 se fechar
em uma ideia fixa, sem enxergar outras possibilidades”,
alerta Anne Lise.
É difícil enfrentar um comportamento quando ele
aparece pela primeira
vez. E é muito
comum a criança que nunca fez uma determinada
birra um dia se atirar
 no chão e fazer manha, deixando os pais atônitos.
Uma das explicações para isso é a imitação. Ela pode ter
 visto o amiguinho
fazer o mesmo, percebido que funcionou e tentar a sorte
 também. “O papel
 dos pais nessa hora é dizer não e tirar a criança do local.
Ponto final. Não caia
 na tentação de passar meia hora falando, dando corda
 para uma atitude
repreensível ou criticando a ação como se fosse a pior
coisa do mundo”,
 diz Vera.
“Até os 5 ou 6 anos, a criança não consegue manter a
concentração nas
 palavras por mais de 20 ou 30 segundos”, diz a psicóloga
 infantil e
terapeuta familiar Suzy Camacho, autora do livro Guia
Prático dos
 Pais (ed. Paulinas).
Por isso, é fundamental insistir nas regras. “Antes de
sair de casa,
converse com ela e deixe claro o que não será permitido.
Dependendo
 da idade, ela pode esquecer, daí a necessidade de repetir
 a história
 muitas vezes, até que ela aprenda.
Antes de chegar ao supermercado, por exemplo, deixe
claro o que será
possível comprar entre as guloseimas de que ela gosta
 e quando poderá
 comer. Caso ela abra o iogurte ou o pacote de bolacha
 ainda na loja ou
no carro, seja firme. Diga que não é hora nem lugar para
 comer aquilo e
coloque o produto em local fora de alcance. “A estratégia
é evitar o acesso
 fácil ao que é proibido e aguentar a birra, mesmo que
se sinta constrangido
 por estar em local público”, afirma Anne Lise.
Muitas vezes, os pais acabam dizendo sim, sim, sim por
pena de ver o filho
sofrer. Quem nunca teve ímpetos de aceitar levar um
brinquedo caríssimo
só de olhar para a carinha de choro de seu filho, implorando
no meio da loja,
 quando o combinado era não comprar nada?.
Segundo Suzy, no entanto, para criar pessoas equilibradas é
preciso que os
pais impeçam o filho de impor sempre sua vontade. “Quem não
quer ter um
ditador precisa dizer não. Crianças que nunca são contrariadas
 acabam se
tornando adultos infelizes, irritadiços, agressivos, depressivos,
 já que o mundo
 não dá o mesmo sim incondicional dos pais”, afirma Suzy.
O limite, explica Vera, é uma forma de evitar a teima e deixar
a criança mais
segura. “A criança sem limite se sente culpada, sem chão
, tem dificuldades
 para ficar longe dos pais. Quando eles são firmes,
 elas se sentem acolhidas
 e entendem que uma cena não os fará mudarem
de ideia.”
“Se os pais forem coerentes com o que dizem e
fazem, terão um filho
 disciplinado aos 7 anos e deverá seguir assim
pelo menos até a adolescência,
quando a rebeldia, uma nova forma de birra,
 ressurge em intensidade
variada, dependendo de como a criança vem
lidando com as
frustrações”, conta Suzy.

terça-feira, 25 de junho de 2013

O cérebro e a sala de aula!

 





Até os anos noventa do século passado pouco se conhecia sobre o cérebro humano e sua admirável capacidade de colher informações, transformando-as em conhecimento e de sua sagacidade em transferir experiências vividas ou apreendidas para solucionar novos desafios. O avanço das Ciências da Cognição e o desenvolvimento de novas técnicas de captação de imagens que nos permite ver a atividade cerebral enquanto ocorre e detectar com precisão quais a estruturas envolvidas, mudaram não apenas alguns conceitos médicos, mas interferiram sobre o que se conhece sobre aprendizagem e memórias e, dessa forma, como trabalhar saberes em sala de aula. A lista que aparece a seguir sugere algumas das interessantes conclusões sobre a mente humana e que devem ser levadas em consideração quando se ministra uma aula, seja qual for o nível de idade do aluno, ou os conceitos que se busca construir.

1.       A educação infantil é tudo, o resto quase nada.
O cérebro humano é capaz de aprender em qualquer idade, mas reveste-se de notável importância a educação que se recebe desde o nascer, até os primeiros anos de vida e o reconhecimento das agudas modificações cerebrais que se processam após a puberdade.

2.       A imperativa certeza de que cérebro que não se usa é órgão que se perde.
Uma pessoa normal nasce dotada de tecido cerebral complexo e com capacidade para diversificadas e múltiplas conexões, mas se esse tecido não é desafiado através de estímulos significativos que atingem a percepção sensorial e depois não se utiliza intensamente essa modificação, ocorre uma atrofia ou perda dessas funções. Em síntese, a escolaridade convencional pode ter limite, a aprendizagem jamais.

3.       A plasticidade limitada e a flexibilidade das mudanças pela intervenção do mediador.
Bebês ou crianças pequenas podem sobreviver ou se desenvolver mesmo com comprometimento de uma parte do cérebro, mas à medida que passam os anos, esta flexibilidade diminui e fica bem mais difícil compensar capacidades e funções perdidas. É importante que se preserve boas amizades por toda vida, mas a amizade imprescindível é a que, até os trinta anos, desafia, instiga, ousa.

4.       A importância de estímulos procedimentais e de experiências concretas.
A plasticidade cerebral que nos faz aprender admite que tudo quanto se assimila chega através de experiências concretas do sujeito sobre o objeto do conhecimento, mas chega também pela observação e constatação dos exemplos que se conquista dos modelos que se observa e com os quais a vida nos propõe conviver. Estímulos procedimentais não substituem estímulos experimentais, mas estes também não substituem aqueles. Ambos são imprescindíveis.

5.       O reconhecimento pleno da individualidade e do talento humano.
A complexidade das zonas e das redes neurais, cada uma orientada para capacidades bastante específicas, destaca que alguns indivíduos sejam dotados de potenciais e talentos muito acima da média dos demais e como as aptidões são relativamente independentes, ninguém é absolutamente bom em tudo que é necessário para bem viver, mas possui excelência em uma ou outra capacidade. A avaliação do ser humano não pode jamais se centrar em uma ou apenas algumas capacidades.

6.       As sensíveis diferenças entre o homem e a mulher.
Além de evidentes disparidades biológicas e de papeis sociais que em muitos pontos se opõe, o cérebro masculino e o cérebro feminino apresentam diferenças hemisféricas sensíveis que interferem na forma como percebem e como acolhem a compreensão e a relação da pessoa com o mundo. Em outras palavras, homens e mulheres podem fazer uma mesma leitura de seu tempo e de seus personagens, mas compreendem essa leitura de forma singularmente diferenciada.
 
7.       O incrível papel das emoções na fixação de conhecimentos.
Impossível deixar de reconhecer o imperativo papel da emoção no processo de aprendizagem e as pessoas com capacidade limitada em codificar emocionalmente suas experiências, apresentam problemas em reter e se transformar pela aprendizagem. Emoção não somente se ensina, mas sem a mesma pouco se aprende.

Essa lista, muito longe de se acreditar completa, não pode ser vista com indiferença e nem mesmo como receita por este ou por aquele professor. Ao contrário, identificada como resposta da ciência pelo que hoje se sabe, deve transformar-se em instrumento de reflexão e imperativo de discussões entre toda equipe docente.

  fonte: CELSO ANTUNES

domingo, 26 de maio de 2013

Enurese noturna infantil: o que os pais devem saber e podem fazer?



Enurese noturna infantil: o que os pais devem saber e podem fazer?


















O que é enurese noturna infantil?
Enurese noturna infantil é a falta de controle da micção noturna em idade em que isto já deveria ter ocorrido, ou seja, por volta dos cinco ou seis anos. Até essa idade, o fato de uma criança, sem querer, molhar a cama no máximo uma vez por semana é aceitável, já que o mecanismo urinário da criança ainda está em amadurecimento. O importante é que não tenham outros sintomas associados; tais como, dor ou urgência para urinar, febre, perdas involuntárias de urina durante o dia,sangue na urina, etc. Após essa idade já se pode falar de uma condição chamadaenurese noturna infantil.
Teoricamente, a enurese noturna primária monossintomática pode ser definida como “ato involuntário de molhar a cama duas ou mais vezes por semana, em crianças saudáveis, após os cinco ou seis anos de idade.”
incidência da enurese noturna é maior no sexo masculino, na proporção de 2:1. Aos cinco anos de idade ocorre em 15% das crianças; aos 10 anos, em 3% delas e em 1% dos adultos acima de 20 anos. Há crianças que já haviam conseguido o controle dabexiga e que o perdem, posteriormente, tornando-se enuréticas.
Também existe uma enurese diurna, mas ela é mais rara. Normalmente ocorre quando a criança segura o xixi para continuar brincando ou tem alguma alteração na bexiga.
Quais são as causas da enurese noturna infantil?
enurese noturna infantil tem uma incidência familiar. As chances de um filho ser enurético são de 40% se um dos pais também o foi e de 75-80% se ambos os pais o foram.
Outros fatores que podem colaborar são:
  • O atraso da maturidade vesical.
  • A produção inadequada de hormônio antidiurético durante a noite.
  • O sono muito profundo.
  • Infecções do trato urinário.
  • Lesões obstrutivas do trato urinário.
  • Problemas da espinha dorsal.
  • Problemas emocionais.
As crianças diabéticas ou aquelas com anemia perniciosa produzem maiores quantidades de urina e por isso têm mais tendência a fazer xixi na cama à noite. Uma sensibilidade aumentada a certos alimentos também pode causar enurese.
Dentre as causas emocionais encontram-se, por exemplo, a mudança de casa, o nascimento de um irmão, a separação dos pais, coisas que podem fazer com que a criança regrida a um padrão anterior de comportamento. Essa enurese geralmente é temporária.
Outra condição necessária para controlar a micção é o desenvolvimento neuromuscular da bexiga.
Todas essas situações devem ser pesquisadas pelo pediatra do seu filho, para que seja feito um diagnósticocorreto e a criança possa ser tratada adequadamente. Sempre que necessário, o pediatra encaminhará a criança para ser avaliada por um especialista (nefrologista pediátricourologista pediátrico ou cirurgião pediátrico).
Quais são os sinais e sintomas da enurese noturna infantil?
O principal sintoma da enurese noturna se caracteriza pela emissão noturna e involuntária de urina na cama, de forma inconsciente, embora durante o dia a criança não tenha problema em reter a urina e ir ao banheiro de maneira apropriada. Muitas crianças que sofrem de enurese noturna possuem um sono muito profundo e têm dificuldade para acordar enquanto fazem xixi na cama.
Como o médico diagnostica a enurese noturna infantil?
diagnóstico mais importante aqui é quanto às causas da enurese noturna. Ele deve ser feito por meio de um exame clínico detalhado, que assegure tratar-se de uma verdadeira enurese noturna e não de outra afecção do sistema urinário.
Como é o tratamento da enurese noturna infantil?
enurese noturna não é, propriamente falando, uma doença. Melhor seria falar-se em “solução” ao invés de tratamento. Nenhum recurso soluciona 100% dos casos. Há vários tipos deles, com sucesso de 60 a 80% dos casos, tais como terapias medicamentosas e terapias psicológicas.
Há remédios que podem ser úteis. O acetato de desmopressina é usado sob a forma de spray nasal para aumentar a produção do hormônio antidiurético e ajudar o organismo a reabsorver água. A imipramina também é utilizada, mas não é recomendada para crianças com menos de seis anos e não há nenhuma garantia de que a criança se livrará da enurese depois que parar de tomá-la.
A modificação comportamental compreende uma série de técnicas diferentes e cabe ao profissional definir qual a mais conveniente em cada caso.
O que pode ser feito para diminuir a enurese noturna infantil?
  • Evitar a consumo de bebidas e água à noite.
  • Esvaziar a bexiga antes de deitar.
  • Lavar as mãos em água fria, antes de deitar-se, porque isso estimula o ato de urinar.
  • Fazer um calendário para assinalar as noites “secas” e “molhadas” da criança. As noites “secas” devem ser elogiadas.
  • Evitar dramatizar a situação. As brigas e castigos muitas vezes pioram a situação. A criança não faz xixi na cama por querer, trata-se de um ato involuntário, não devendo ser punida por isso.
  • Fazer uso regular de algum remédio que tenha sido receitado.
ABC.MED.BR, 2012. Enurese noturna infantil: o que os pais devem saber e podem fazer?. Disponível em: <http://www.abc.med.br/p/saude-da-crianca/308575/enurese-noturna-infantil-o-que-os-pais-devem-saber-e-podem-fazer.htm>. Acesso em: 26 mai. 2013
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segunda-feira, 11 de março de 2013

TDAH e Escolas


Antes de qualquer coisa, os professores devem fazer uma avaliação dos pontos abaixo:
  • Qual é a dificuldade mais importante do aluno com TDAH? O que mais atrapalha no desempenho escolar daquele aluno?
Ao conseguir responder essas perguntas, o professor cria melhores condições para traçar as estratégias que aplicará em sala de aula. Quando se conhece aquilo que de fato tem atrapalhado o bom desempenho de um determinado aluno fica mais fácil pensar em solução viáveis e eficazes.
Depois disso, o segundo passo importante é saber distinguir o que a pessoa com TDAH é capaz de fazer do que ele não é (principalmente ao lidar com comportamentos disruptivos) e assim não criar expectativas irreais. Talvez essa seja uma das partes mais difíceis, mas não desanime, observar o aluno e estudar sobre o TDAH são as melhores formas de se preparar para fazer essa ditanção sobre o que é sintoma e/ou consequencia do transtorno daquilo que não é. Nesse sentido, cuidado para não repreender o tempo todo: sintomas primários NÃO podem ser punidos!
Recompensar progressos sucessivos ao invés de esperar pelo comportamento perfeito! Essa é uma dica de ouro! Independente de ser alguem com TDAH, essa dica deve valer para todos e para todo processo de mudança importante. Para o TDAH é ainda mais válido porque tem mais dificuldade em lidar com recompensas a longo prazo.
  • Não deixar flutuações de humor ou cansaço interferirem no trabalho de inclusão e agir da mesma forma mesmo quando as situações se modificam. Na implementação das estratégias de sala de aula o papel do professor é de extrema importância, é quase imensurável a diferença que um professor informado e motivado corretamente pode fazer para seus alunos!!!
  • Todos os recursos abaixo podem e dever usados para as alunos TDAH. Construí-los de uma forma divertida e em grupo com os alunos ajuda ainda mais a engajá-los na importância de tais ferramentas.
    • Lembretes em agendas e/ou cadernos
    • Listas de tarefas
    • Anotações em provas e trabalhos
    • Quadro de Avisos e cronogramas, servindo como ferramentas organizadoras de horários e datas importantes.
    • Uma outra dica ainda dentro dessa dica é eleger juntos com os alunos alguns representantes para serem responsáveis por cada um desses recursos.
O importante é o resultado e não o processo. Esse é um dos conceitos da educação inclusiva que não pode ser perdido de vista. O ideal não é tentar encaixar a todo custo um aluno com especificidades em um modelo educacional que mais dificulta do que facilita o aluno com TDAH a desenvolver sua competência.
  • Conversar com a criança e seus pais sobre o método mais fácil de estudo em casa. Isso facilita muito a vida dos que tem TDAH. Proponha aos pais alguns “experimentos” de formas de estudos diferentes até que seja encontrada a mais adequada para aquele aluno, contanto que inclua uma programação de estudo com intervalos e assim não acumular matéria.
  • Ambientes com muitos distratores / estímulos externos devem ser evitados. Uma sala de aula deve contar apenas elementos necessários para a situação de aula daquele momento. Murais com muitas informações ficam melhor colocados nos corredores por exemplo. Músicas ou barulhos externos com frequência também devem ser evitados.
  • No ambiente escolar, evitar instruções muito longas e parágrafos muito extensos! Isso certamente será apreciado e facilitará o aprendizado de todos os alunos sem exceção.
    Por exemplo: Provas com enunciados longos funcionam muito mais como "armadilha" do que uma tentativa de escalrecimento da pergunta. Espaço entre as perguntas e clareza nas instruções são imprescindíveis para uma melhor realização de provas.
  • Uma boa forma de envolver todos os alunos e principalmente os que tem TDAH é solicitar que um aluno a repita a instrução que você acabou de dar para a realização de uma determinada tarefa (alternância entre os alunos / aumenta a atenção de toda a turma)
  • Atividades que exijam maior integridade da atenção sustentada devem ser feitas preferencialmente no início da aula, ou seja, as tarefas que demandem mais atenção contínua por um péríodo de maior devem ser priorizadas e assim serem feitas no início da aula.
  • Por exemplo: Provas deverão acontecer no primeiro tempo de aula. No último tempo o aluno já teve várias aulas, de várias matérias, que acabam funcionando como elementos de distração e podem prejudicar todos os alunos, especialmente os que tem desnecessariamente.
  • Conscientizar os alunos com TDAH do tipo de prejuízo que o comportamento impulsivo pode trazer tanto para ele quanto para o grupo. Os alunos com TDAH precisam se dar conta de que interromper a fala da professora ou a andamento das atividades pode ser altamente improdutivo para ele e para o grupo. Isso deve ser feito individualmente e de forma que não culpe o aluno. Apenas sirva como uma conversa esclarecedora.
  •  Fonte: abda.org.br

sábado, 9 de março de 2013

TDAH – Algumas dicas para os Pais.



  • Fonte : site tdah.org.com.br

Programas de treinamento para pais de crianças com TDAH frequentemente começam com ampla divulgação de informação.
Existe uma grande quantidade de livros, vídeos e fitas disponíveis, com dados a respeito do transtorno em si e de estratégias efetivas, que podem ser usadas por familiares.
A lista que segue revê alguns pontos, de uma série de estratégias, que podem ajudar os pais de crianças com TDAH:

  • Mandamentos
  1. Reforçar o que há de melhor na criança.
     
  2. Não estabelecer comparações entre os filhos. Cada criança apresenta um comportamento diante da mesma situação.
     
  3. Procurar conversar sempre com a criança sobre como está se sentindo.
     
  4. Aprender a controlar a própria impaciência.
     
  5. Estabeleça regras e limites dentro de casa, mas tenha atenção para obedecer-lhes também.
     
  6. Não esperar ‘’perfeição’’.
     
  7. Não cobre resultados, cobre empenho.
     
  8. Elogie! Não se esqueça de elogiar! O estímulo nunca é demais. A criança precisa ver que seus esforços em vencer a desatenção, controlar a ansiedade e manter o ‘’motorzinho de 220 volts’’ em baixas rotações está sendo reconhecido.
     
  9. Manter limites claros e consistentes, relembrando-os frequentemente.
     
  10. Use português claro e direto, de preferência falando de frente e olhando nos olhos.
     
  11. Não exigir mais do que a criança pode dar: deve-se considerar a sua idade.
  • Estudo
     
  1. Escolher cuidadosamente a escola e a professora para que a criança possa obter sucesso no processo de ensino-aprendizagem.
     
  2. Não sobrecarregar a criança com excesso de atividades extracurriculares.
     
  3. O estudo deve ser do jeito que as crianças ou os adolescentes bem entenderem. Tudo deve ser tentado, mas se o resultado final não corresponder às expectativas, reavalie após algumas semanas e peça novas opções; vá tentando até chegar à situação que mais favoreça o desempenho.
     
  4. Tenha contato próximo com os professores para acompanhar melhor o que está acontecendo na escola.
     
  5. Todas as tarefas têm que ser subdivididas em tarefas menores que possam ser realizadas mais facilmente e em menor tempo.

  • Regras do dia-a-dia
     
  1. Dar instruções diretas e claras, uma de cada vez, em um nível que a criança possa corresponder.
     
  2. Ensinar a criança a não interromper as suas atividades: tentar finalizar tudo aquilo que começa.
     
  3. Estabelecer uma rotina diária clara e consistente: hora de almoço, de jantar e dever de casa, por exemplo.
     
  4. Priorizar e focalizar o que é mais importante em determinadas situações.
     
  5. Organizar e arrumar o ambiente como um meio de otimizar as chances para sucesso e evitar conflitos.

  • Casa
     
  1. Manter em casa um sistema de código ou sinal que seja entendido por todos os membros da família.
     
  2. Manter o ambiente doméstico o mais harmônico e o mais organizado quanto possível.
     
  3. Reservar um espaço arejado e bem iluminado para a realização da lição de casa.
     
  4. O quarto não pode ser um local repleto de estímulos diferentes: um monte de brinquedo, pôsteres, etc.

  • Comportamento
     
  1. Advertir construtivamente o comportamento inadequado, esclarecendo com a criança o que seria mais apropriado e esperado dela naquele momento.
     
  2. Usar um sistema de reforço imediato para todo o bom comportamento da criança.
     
  3. Preparar a criança para qualquer mudança que altere a sua rotina, como festas, mudanças de escola ou de residência, etc.
     
  4. Incentivar a criança a exercer uma atividade física regular.
     
  5. Estimular a independência e a autonomia da criança, considerando a sua idade.
     
  6. Estimular a criança a fazer e a manter amizades.
     
  7. Ensinar para a criança meios de lidar com situações de conflito (pensar, raciocinar, chamar um adulto para intervir, esperar a sua vez).

  • Pais
     
  1. Ter sempre um tempo disponível para interagir com a criança.
     
  2. Incentivar as brincadeiras com jogos e regras, pois além de ajudar a desenvolver a atenção, permitem que a criança organize-se por meio de regras e limites e, aprenda a participar, ganhando, perdendo ou mesmo empatando.
     
  3. Quem tem TDAH pode descarregar sua “bateria” muito rapidamente. Se este for o caso, recarregue-a com mais frequência. Alguns portadores precisam de um simples cochilo durante o dia, outros de passear com o cachorro, outros de passar o fim de semana fora, outros ainda de ginástica ou futebol. Descubra como a “bateria” do seu filho é melhor recarregada.
     
  4. Evite ficar o tempo todo dentro de casa, principalmente nos fins de semana. Programe atividades diferentes, não fique sempre fazendo a mesma coisa. Leve todos à praia, ao teatro, ao cinema, para andar no parque, enfim, seja criativo.
     
  5. Estabeleça cronogramas, incluindo os períodos para ‘’descanso’’, brincadeiras ou simplesmente horários livres para se fazer o que quiser.
     
  6. Nenhuma atividade que requeira concentração (estudo, deveres de casa) pode ser muito prolongada. Intercale coisas agradáveis com tarefas que demandam atenção prolongada (potencialmente desagradáveis, portanto).
     
  7. Procure sempre perguntar o que ela quer, o que está achando das coisas. Não crie uma relação unidirecional. Obviamente, os pedidos devem ser negociados e atendidos no que for possível.
     
  8. Use mural para afixar lembretes, listas de coisas a fazer, calendário de provas. Também coloque algumas regras que foram combinadas e promessas de prêmio quando for o caso.
     
  9. Estimule e cobre o uso diário de uma agenda. Se ela for eletrônica, melhor ainda. As agendas devem ser consultadas diariamente.


  • Lembre-se sempre
     
  1. Procure o máximo de informações possível sobre o TDAH: leia livros, faça cursos, entre para organizações como a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (www.tdah.org.br), faça contato com outros pais para dividir experiências bem e mal sucedidas.
     
  2. Tenha certeza do diagnóstico e segurança de que não há outros diagnósticos associados ao TDAH.
     
  3. Tenha certeza de que o tratamento está sendo feito por um profissional que realmente entende do assunto.
     
  4. Lembre-se que seu filho (a) está sempre tentando corresponder às expectativas, mas às vezes não consegue. Deve sempre lembrar-se aos pais que estes devem ser otimistas, pacientes e persistentes com o filho. Não devem desanimar diante dos possíveis obstáculos.

terça-feira, 5 de março de 2013

A AJUDA DOS PAIS PARA CRIANÇAS QUE COMEÇAM A APRENDER A LER (para pais e educadores)

 
 
 
A tarefa de alfabetizar uma criança é atividade para profissionais. Somente a escola e somente bons professores sabem escolher método mais atualizado, conhecem os saberes infantis no contexto escolar e, dessa forma, podem alfabetizar com segurança. Uma ajuda realizada por pessoas estranhas ao método pode representar mal não menor, que a de alguém que sem preparo específico em uma sala cirúrgica pensa que pode atuar. É por essa razão que quando pais e mães, tios e avós sentem que podem ajudar uma criança a aprender a ler, o que de melhor devem fazer é procurar a escola e com os profissionais da alfabetização, descobrir caminhos em que a intervenção efetivamente colabore. Quando, entretanto, essa possibilidade não se mostra tangível, é importante conhecer alguns procedimentos que ajudando a criança a se envolver com o universo do letramento, em nada atrapalha seu processo de alfabetização e pode ainda positivamente contribuir para que, aprendendo na escola, torne-se leitora melhor.

Entre esses procedimentos, julgamos interessante sugerir:

  • Na entrada da casa, mostre que o mundo da leitura se faz presente no catálogo telefônico que ali, por acaso se acha; em um calendário eventualmente pendurado na parede, quem sabe mesmo neste ou naquele quadro que ainda que não tenha palavras, suscita a vontade de saber se é ou não assinado, quem é seu autor. Inserir a criança no mundo do letramento é ajudá-la descobrir que existem palavras em toda parte e que estas expressam indicações, idéias, orientações. Não é essencial que “se traduza” para a criança a palavra que ali está, mas que possa tornar-se aventureira no desafio de perceber como a sociedade cerca-se de palavras escritas e como é importante na escola aprendê-las.
  • Outro espaço de valor inestimável para essa imersão infantil no mundo da palavra é a cozinha sempre rica em receitas, produtos com rótulos, eletrodomésticos com embalagens ou com dizeres que representam continuidade nesse percurso de descoberta. Não é necessário que esse passeio seja realizado em um só dia; ao contrário é ainda mais útil que a curiosidade da criança, acesa em um aposento a leve perguntar coisas sobre palavras, impressas em rótulos, recados, decorações, etc.
  • Da mesma forma que a cozinha, também o banheiro sempre cheio de remédios, desodorantes, pastas e escovas de pentes, produtos capilares e outros, muito outros, se afiguram úteis.Não apenas o banheiro, mas também um escritório, uma sala de jantar ou mesmo um terraço exibe sempre imenso universo de coisas escritas que podem se prestar a desafios interessantes. É essencial que o acordar dessa curiosidade seja espontâneo e que os desafios não abriguem vontade de acerto. – O que será que está escrito aqui? Você acha que é isso mesmo? Será que não poderia ser outra coisa? Nesta oportunidade, a curiosidade da criança a motiva e uma forma infeliz de truncá-la é assumir o papel de sábio letrado que para cada pergunta, tem sempre uma resposta a oferecer.

Uma ajuda sistemática; um pouquinho hoje, um retorno amanhã; um perpétuo ponto de interrogação sempre pronto para acender a vontade da busca toma em verdade pouco tempo e muito ajuda. Emília Ferreiro sempre destacou que dois mitos na alfabetização merecem cair: o primeiro é de que a alfabetização se encerra na escola e o segundo é de que basta a um adulto saber ler, para que possa a uma criança ensinar a ler. Verdadeiros profissionais não se substituem, mas aceitam com carinho a proposta interessante de uma ajuda bem pensada.

© CELSO ANTUNES